quarta-feira, 10 de abril de 2013

FGC divulga data de pagamento de investidores do BVA que usaram corretoras (10/04)

http://www.infomoney.com.br/onde-investir/renda-fixa/noticia/2726982/fgc-divulga-data-pagamento-investidores-bva-que-usaram-corretoras


FGC divulga data de pagamento de investidores do BVA que usaram corretoras

O pagamento para esses credores será efetuado do dia 15 de abril até o dia 5 de julho deste ano


SÃO PAULO - O FGC (Fundo Garantidor de Créditos) divulgou em seu site o cronograma de pagamentos dos investidores que aplicaram em produtos do banco BVA por meio de corretoras de valores. O pagamento para esses credores será efetuado do dia 15 de abril até o dia 5 de julho deste ano, por meio das agências do Banco Bradesco. A relação das agências está disponível no site do FGC (www.fgc.org.br).

O BVA sofreu intervenção do Banco Central em outubro do ano passado. Os investidores que compraram CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) e LCIs (Letras de Créditos Imobiliários) por meio de bancos já haviam começado a receber os valores desde o dia 4 de março – o fundo garante até R$ 70 mil depositados em poupança, conta-corrente, CDBs ou LCIs (por CPF).

O FGC demorou para identificar os investidores que haviam comprado títulos por meio de corretoras porque algumas instituições não identificaram os clientes. Essa identificação não é tão simples porque algumas corretoras compram os CDB em lotes grandes para conseguir uma taxa mais atrativa e apenas distribuem frações desses títulos ao investidor final. Esse procedimento é legal e está de acordo com as normas do FGC para ter a garantia de restituição de até R$ 70 mil. Não existe nada que obrigue a identificação do cliente, a não ser quando o total de aplicações daquela pessoa dentro da instituição financeira ultrapassa R$ 1 milhão. A única exigência do BC é que, no caso de CDB acima de R$ 50 mil, o distribuidor registre o título, cadastrando informações como o prazo e a remuneração – mas não o CPF de cada aplicador.

No caso de intervenção do banco, como aconteceu com o BVA, esses clientes podem demorar mais para receber os valores, pois o FGC precisa efetuar uma diligência em cada corretora para comprovar a titularidade dos investidores.

Em entrevista recente ao InfoMoney, o diretor comercial da Cetip, Carlos Ratto, explicou que algumas corretoras já adotam um procedimento que encurta este prazo: ao distribuírem o CDB para os investidores, elas registram o título e fazem a identificação do investidor individualmente na Cetip.

Entenda

O BVA sofreu intervenção do BC no dia 19 de outubro de 2012. Com isso, os clientes que tinham investimentos garantidos pelo FGC no banco, como CDBs (Certificado de Depósito Bancário) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) devem receber até o limite de R$ 70 mil pago pela instituição.
O Grupo Caoa manifestou interesse de adquirir o BVA, mas as negociações ainda estão em andamento. Caso não tenha acordo e fique sem comprador, o BVA pode ser liquidado pelo Banco Central.

Um comentário:

  1. 12/04/2013 - 03h50
    Oferta de Caoa eleva chance de salvar BVA
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    TONI SCIARRETTA
    DE SÃO PAULO

    A uma semana de a intervenção do Banco Central no BVA completar seis meses, aumentaram as chances de salvá-lo com a venda para o empresário Carlos Alberto Oliveira Andrade, conhecido como "sr. Caoa" e dono da concessionária de veículos que leva o seu nome.

    Pelo menos 83% dos credores do BVA aderiram à oferta do empresário, de comprar as dívidas dos investidores pagando à vista 35% do valor não recebido, com a possibilidade de obter mais 35% se o banco for bem-sucedido na recuperação dos créditos considerados podres.

    Ou seja, um aplicador pessoa física que comprou um CDB de R$ 1 milhão um ano antes da intervenção teria direito a receber cerca de R$ 1,088 milhão, considerando juros de 8,8% (110% do CDI) no prazo da aplicação.

    ARTE Folha

    Caso esse investidor já tivesse recebido os R$ 70 mil garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos), teria ainda um saldo de R$ 1,018 milhão.

    Se concordasse com a oferta, venderia esse crédito por R$ 356,3 mil (35%) com a promessa de receber até mais R$ 356,35 mil, dependendo do sucesso do banco.

    Os 35% oferecidos partem da hipótese de que o banco terá perdas de 65% da carteira, que seriam "socializadas" com todos os investidores.

    O próprio Fundo Garantidor de Créditos, que também é credor do BVA, apoia a proposta de Caoa.

    A proposta é semelhante à feita pelo mesmo FGC para salvar o Cruzeiro do Sul. Naquele caso, seriam pagos 49,5% do valor das aplicações. Os credores aceitaram, mas não houve um comprador interessado.

    Já no caso do BVA, existe um comprador, mas ele exige que pelo menos 95% dos credores aceitem a proposta.

    A Folha apurou, porém, que o empresário e o próprio Banco Central poderiam aceitar um índice ligeiramente menor de adesões.

    O maior entrave são alguns fundos de pensão que, estatutariamente, não podem aceitar esses deságios.

    FINANCIAR CARROS

    Nessa empreitada, Caoa deve desembolsar perto de R$ 1 bilhão comprando a dívida dos credores, além dos R$ 500 milhões que já aplicou no banco. Para colocar o BVA em operação (a intenção de Caoa é ter um banco para financiar a venda de veículos de sua concessionária), deverá investir perto de R$ 1 bilhão na instituição.

    Com essa quantia, poderia facilmente começar um banco do zero. Por outro lado, afirma um dos negociadores, ele perderia os R$ 500 milhões aplicados e e sairia derrotado da empreitada de salvar o BVA, em que acredita.

    Hoje, acontece a assembleia dos cotistas do fundo administrado pela gestora Drachma, que tem R$ 217,2 milhões aplicados em títulos do BVA. Se os cotistas decidirem aceitar a oferta, a adesão atingirá cerca de 90% dos credores, segundo fontes.

    A negociação está sendo coordenada pelo Banco Plural, instituição fundada pelo ex-sócio do antigo Pactual Rodolfo Reichert, e pela financeira Solfin Fundamenta, especialista em recuperação de dívidas.

    Se a venda do BVA vingar, Caoa deve colocar na presidência Pedro Vasconcelos ou o próprio Rodolfo Reichert, profissionais de prestígio no mercado financeiro.

    O negócio terá de passar ainda pelo crivo dos técnicos do Banco Central.

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