terça-feira, 14 de maio de 2013

Presidente do Grupo Caoa desiste de comprar banco BVA


Caoa desiste (14/05)

Carlos Alberto de Oliveira Andrade, o Caoa, anuncia ainda hoje que desistiu de prosseguir na operação de compra do BVA. Com o prazo estipulado pelo Banco Central terminando nesta sexta feira e sem o percentual mínimo de adesão dos atuais credores para a compra, o banco deverá ser liquidado.

Caoa queria recomprar os títulos detidos pelos atuais depositantes do BVA por um desconto de 65% do valor de face. Diz Caoa em comunicado ao mercado:

- Infelizmente não parece haver mais o que eu possa oferecer. Fico chateado e me solidarizo aos demais credores que aceitaram os termos propostos e entenderam ser esta a opção menos prejudicial a todos.

Por Lauro Jardim






Presidente do Grupo Caoa desiste de comprar banco BVA (14/05)

A instituição, que está sob intervenção do BC desde 19 de outubro passado, deve ser liquidada

13/05/13 - 21h18

SÃO PAULO – Sem conseguir a adesão de fundos de investimento a seu plano, o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade anunciou hoje que desistiu de comprar o banco BVA. Com isso, a instituição, que está sob intervenção do Banco Central desde 19 de outubro passado, deve ser liquidada.
Revendedor de veículos das marcas Hyndai, Ford e Subaru, Andrade era o principal interessado no resgate do BVA, onde mantém quase R$ 600 milhões em depósitos que ficaram bloqueados com a intervenção.
O empresário propôs recomprar os títulos detidos pelos atuais depositantes do BVA com um desconto de 65% do valor de face. A proposta precisava ser aceita por detentores de títulos que representassem cerca de 90% do passivo do banco.
Entre os fundos que não aceitaram a proposta, está um que administra uma carteira com um CDB emitido pelo BVA com remuneração bem superior à média do mercado – de cerca de 30% ao ano.
“Infelizmente, não parece haver mais o que eu possa oferecer. Estava disposto a abrir mão de meus créditos, que têm garantias, no intuito de fechar uma renegociação ampla e que permitisse que o banco tivesse uma continuidade. Alguns poucos credores inviabilizaram a recuperação”, disse Andrade em nota.
Na mesma nota, ele afirma que, "segundos fontes", o rombo do BVA "atingia R$ 2,1 bilhões em dezembro e estaria acima de R$ 3 bilhões atualmente". Entre os credores, citou o Fundo Garantidor de Crédito. Andrade diz na nota que o "FGC tem uma exposição de R$ 1,7 bilhão e, com o fracasso das negociações, pode não reaver nem parte desse montante".

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