sábado, 25 de maio de 2013

Caoa consegue adesão de maioria de credores e prepara anúncio da compra do BVA (25/05)


http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/05/1284923-caoa-consegue-adesao-de-maioria-de-credores-e-prepara-anuncio-da-compra-do-bva.shtml

Caoa consegue adesão de maioria de credores e prepara anúncio da compra do BVA


TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
25/05/2013 - 13h25

O empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono da concessionária de veículos Caoa, deve anunciar nos próximos dias a compra do Banco BVA, que está sob intervenção do Banco Central desde outubro do ano passado.

Caoa teria conseguido a adesão de 90% dos credores do banco, oferecendo pagamento à vista de 35% do valor da dívida e de mais 35%, dependendo do sucesso na recuperação do banco. A Folha adiantou, no final do mês passado, que o empresário estava próximo de conseguir esse percentual.

Caoa pretende focar as operações do banco no financiamento de carros de sua concessionária e deve mudar o nome da instituição para Banco Caoa.

A venda depende ainda de aprovação do Banco Central, que, além da adesão dos credores, quer saber se o empresário tem condições de tocar o banco.

Caoa pretende contratar executivos de renome no mercado, alguns deles vindo do Banco Plural, de ex-sócios do antigo banco Pactual, que estruturou a operação.

Junto com o FGC (Fundo Garantidor de Créditos), o empresário é o maior credor do banco, tendo a receber cerca de R$ 500 milhões aplicados em CDBs (Certificados de Depósito Bancário).

Além do Plural, a operação foi conduzida pela financeira Solfin, que negociou com os pequenos investidores que compraram CDBs do banco.

O BVA tem cerca de 5.000 credores. Entre eles, igrejas e pequenos fundos de pensão, que poderiam perder toda a aplicação deixada no banco.

Entre os investidores, está a Prefeitura de Indaiatuba, com cerca de R$ 50 milhões a receber do BVA.

Para os investidores com mais de R$ 25 milhões a receber do BVA, Caoa ofereceu a possibilidade de converter a dívida em ações do banco, "socializando" os eventuais ganhos com a recuperação da instituição financeira.

A negociação com os credores foi marcada por idas e vindas. Em vários momentos, Caoa ameaçou desistir da compra do banco.

Inicialmente, o empresário condicionou a aquisição à adesão de 95% dos credores, mas esse percentual era considerado impossível de ser atingido por envolver fundos de pensão que, por estatuto, não podem dar descontos tão grandes em dívidas como o proposto.

3 comentários:

  1. o que deve acontecer com quem não aderiu ao desagio?

    ResponderExcluir
  2. Na minha forma de ver receber o valor corrigido até a data da intervenção, uma vez que o banco apenas foi vendido e nada foi assinado pelo credor.

    ResponderExcluir
  3. Provavelmente vc será procurado para manter seu capital investido, ainda mais com as novas garantias do FGC de até 250mil. E assim nao ocorrer uma rápida descapitalização do banco.
    Isso é claro se realmente a negociação vingar.

    Oremos !

    ResponderExcluir