http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/economia/o-bc-deve-decretar-a-liquidacao-do-bva-em-breve/ - "O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) dirá hoje ao Banco Central que não houve proposta viável pela aquisição do BVA. O mais provável, a partir de agora, é que o BC decrete a liquidação do banco na semana que vem.
Quem teve acesso às informações do banco não têm dúvidas: o BVA era uma grande lavanderia de políticos. O nível de fraudes na captação de recursos de fundos de pensão estatais (a começar pela Petros a farra foi de boa monta) e subsequente empréstimos a instituições fantasmas ou sem capacidade de repagamento era grande.
Ivo Lodo, um dos controladores e principal executivo do banco, terá sérios problemas daqui para frente."
http://www.infomoney.com.br/onde-investir/renda-fixa/noticia/2677010/bva-pode-ser-liquidado-nos-proximos-dias-fgc-espera-relatorio - "os clientes que tinham investimentos garantidos pelo FGC no banco, como CDBs (Certificado de Depósito Bancário) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) devem começar a receber o dinheiro de volta, até o limite de R$ 70 mil. Procurado pela reportagem, o FGC informou que, assim que for emitido o relatório do interventor (Banco Central), o fundo divulgará comunicado oficial no site da instituição informando os procedimentos e prazos para a restituição. Ainda não há uma data estipulada para o ressarcimento."
http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/noticias/bva-pode-ser-liquidado-pelo-bc-por-falta-de-comprador
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/2/8/fracassam-negociacoes-e-bva-deve-ser-liquidado
Fracassam negociações e BVA deve ser liquidado
Autor(es): Por Talita Moreira, Carolina Mandl e Vanessa Adachi | De São Paulo |
Valor Econômico - 08/02/2013 |
Fracassou a tentativa do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) de vender o banco BVA. Apesar de as negociações terem se estendido até a tarde de ontem, nenhum interessado formalizou uma oferta para adquirir a instituição, afirmam duas fontes próximas às conversas.
O BVA está sob intervenção do Banco Central (BC) desde 17 de outubro. Sem uma solução, o curso natural é a liquidação extrajudicial. Foi assim com o Cruzeiro do Sul. Porém, ontem à noite, não estava claro se isso seria feito já. Formalmente, a intervenção pode ser mantida até abril e prorrogada por seis meses. Essa, entretanto, não tem sido a prática do BC em casos semelhantes.
Ainda ontem, o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade e o FGC tentavam chegar a um acordo que permitisse ao dono do grupo Caoa assumir o BVA.
O Caoa - revendedor das marcas Hyundai, Ford e Subaru e dono de uma fábrica da Hyundai - tem cerca de R$ 500 milhões depositados no BVA. Por causa disso, foi desde o início o candidato mais forte à compra do banco.
A proposta do empresário previa a conversão desses créditos em ações do banco, cujo rombo está em cerca de R$ 1,5 bilhão.
Andrade, dono do grupo Caoa, não chegou a apresentar uma proposta pelo BVA. Segundo a assessoria de imprensa do empresário, que não quis dar entrevista, Caoa "desistiu de apresentar uma proposta depois de analisar as condições do banco".
Também avaliaram os ativos o banco de investimentos Brasil Plural, um fundo americano e a gestora de recursos Blackwood, especializada em fundos de ativos podres.
Uma eventual proposta pelo BVA dependia da aprovação do FGC, que é o maior credor do banco, com cerca de R$ 1,3 bilhão.
O fracasso das negociações expõe o drama de 3.900 investidores que ainda não havia vindo à tona e tem potencial de ampliar o custo da quebra do banco para o FGC.
Entre R$ 300 milhões e R$ 350 milhões em certificados de depósitos bancários (CDBs) do BVA foram comprados por 32 corretoras. Quando houve a intervenção no banco, o FGC imaginou que teria que indenizar cada uma delas em R$ 70 mil, o que representaria um desembolso de modestos R$ 2,24 milhões - muito pouco perto da exposição total do fundo.
Conforme o tempo passou, entretanto, o caso mudou de figura. As corretoras passaram a alegar que distribuíram os CDBs a nada menos que 3.900 clientes pessoas físicas. No entanto, o nome desses clientes não está registrado na Cetip, o que daria ao FGC garantia de que as operações de fato ocorreram. O fundo já encontrou operações semelhantes em outros bancos, mas não dessa magnitude.
A partir daí abriu-se um processo para determinar se o FGC deveria ou não indenizar cada um dos investidores individuais. Para se certificar de que não houve fraudes, o fundo exige a comprovação das operações, da existência de cada um dos investidores. Esse processo está em andamento. As corretoras tampouco dispõem de capital para arcar com tal risco. (Colaborou Marli Olmos)
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